sábado, 18 de julho de 2015

Como é tortuoso o pensar . . . .

Fonte: Internet.


Há alguns dias, fui abordado por um jovem internauta sobre o que pensavam os antigos sobre Razão, Sabedoria e Conhecimento. Fiquei a sismar além da pergunta.


1. Razão
Sócrates olhava a razão como uma voz dentro da gente a dizer o que é bom e o que é mau. Ele também encontrava um demônio dentro de nós, a nos levar a fazer coisas más. Já Platão diz que a razão é uma ideia, que explica tudo o que ocorre no mundo. Com Aristóteles a razão é composta de tudo aquilo que os sentidos percebem e ela tem como função organizar essas percepções.

Mas, o que é mesmo a razão (do latim: ratio, -onis)? Coisa que o louco não tem? Ou o conjunto das faculdades intelectuais, como compreensão, inteligência? Ou ainda, a capacidade para decidir, para formar juízos, ou para agir de modo lógico de acordo com um pensamento? Entretanto, se pode articular razão como pensamento que se considera algo justo, legítimo ou correto.

E a questão da razão como raciocínio ou argumento que nos leva a outro ou que redunda numa conclusão? Embora, não se deva esquecer razão como causa ou como motivo da existência de algo ou de algum acontecimento, ou prova ou fundamento de algum fenômeno.

E na matemática? Vamos encontrá-la nas progressões e na divisão entre dois números.

Por último, a inserção comercial da palavra razão, que dá nome a uma empresa como 'razão social' ou do livro contábil de créditos e débitos.

Fonte: Internet.


2. Sabedoria
Sócrates vai dizer que o início da sabedoria é aceitar a própria ignorância, fato que nos vai mediar a compreensão das coisas do mundo. Platão pensa diferente e acha que sabedoria é pôr em ordem a nossa alma. Aristóteles caracteriza a sabedoria como uma virtude para conhecer a verdade e uma capacidade de agir corretamente.

O desejo de todo ser humano é ser sábio, mas poucos e ponha pouco nisso, conseguem se envolver em sabedoria.

E o que é isso tão precioso e tão difícil de se conseguir?

Alguns a têm com uma grande instrução, como saber científico, como erudição, como um conhecimento extenso e profundo de várias coisas ou de um tópico em particular. Mas, há gente que liga sabedoria a pessoas com muito juízo, com bom senso e que se comportam com retidão.

Palavra originária do termo latino sapere, que expressa a posse de uma componente cultural e de tradição, momento em que, dada a existência de inúmeras culturas diferentes, essas dão origem a tipos distintos de sabedoria, como por exemplo a sabedoria oriental ou ocidental.

Entrementes, não se deve esquecer que sabedoria está intimamente ligada à posse da razão e do conhecimento. Da mesma forma, esse conceito, não raro, é relacionado à astúcia, à esperteza ou à manha.


3. Conhecimento
Sócrates fala do conhecimento que vem da gente. Basta se perguntar sobre as coisas e vamos entrevendo clareza sobre essas coisas e conceitos. Ele denominava esse processo de maiêutica, a exemplo do termo grego 'parto'; no sentido socrático, parto de idéias/conhecimento. Então, se alguém o perguntava sobre o amor, ele, de já, devolvia a pergunta: e para você, o que é o amor? E assim, ele ia produzindo a conexão das respostas dadas pelo interlocutor, até chegar a um conceito concreto e alargado sobre o amor.
Fonte: Internet.

Já Platão acha que temos 2 tipos de conhecimento: o sensível e o das idéias. Esses nos levariam ao conceito de conhecimento como uma interseção entre crenças e verdades. Aristóteles diz que o conhecimento estará sendo formado e aumentando por novas informações que se tem no dia-a-dia e também pelo que se pensa a respeito dessas vivências.

Hoje, o conhecimento pode ter expressão de um ato ou do efeito de conhecer, de ter noção, de incorporar notícias ou informações, de realizar experiências, desenvolver idéias, manter relação entre pessoas desconhecidas, do trato com as coisas e as pessoas e, até mesmo, pode representar um determinado documento da fazenda pública.

Mas, esse perfil não nos exime de perpassarmos os conceitos de instrução e saber, bem como o conhecimento de causa, competência ou sabedoria em relação a um assunto ou a um fato específico, incluindo também descrições, hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos. Na pedagogia, assujeita à aplicação ou lembrança de matérias, de teorias, de princípios, de nomes, que foram aprendidos anteriormente.

Fundamentalmente, em falando de conhecimento, necessariamente se remete ao falar sobre dados, códigos e informações, que vão formar uma utilidade geral ou específica.

Facit: Pensar não é coisa simples. É uma viagem quase sem fim.

Acelino Pontes

segunda-feira, 16 de março de 2015

Nostalgia


 
Fonte: Internet.

Não sei porque tive que comprar um produto de consumo, que nunca me interessou. Um micro-ondas. De porta-em-porta e contando com a má vontade dos vendedores em esclarecer um consumidor faminto em informações que o ajudassem na decisão, terminei por encontrar o que achei a melhor escolha. Nessa peregrinação findei por aprender muito sobre micro-ondas e os diversos modelos e marcas.


No andar na busca pelo produto, findei por passar na famosa e querida Galeria Pedro Jorge. Primeiro, notei que estava totalmente coberta, porquanto um pouco escura, embora 10h da manhã.

Galeria Pedro Jorge. Fonte: Internet.
Tentei lembrar onde era mesmo que funcionava tudo. O DERUR no último andar, no debaixo a DIPES com as salas do CAB (Curso de Aprendizagem Bancária); embaixo a CARIN, a ASSES e não recordava mais. Fiquei matutando para descobrir a janela da sala da 1ª Fase (ou já era na 2.ª Fase?), de cuja a sala de aula, o enfant terrible da nossa turma me trancou e fiquei em pânico, prestes a pular lá de cima. Depois, as aulas chatíssimas da 2.ª para a 3.ª Fase, quando, já em clima de 'fim de feira', o CAB tendia a encerrar suas portas. A 6.ª Turma em clima de tornar-se funcionários do Banco do Nordeste e nós, da 7.ª, sozinhos num mundão de salas vazias lutando contra a falta de professor, que não queria vir ao centro da cidade dar uma única aula.

Fonte: Internet.
Vindo da Rua Gen. Sampaio, fui chegando à Sen. Pompeu e à entrada do prédio, que sempre utilizava. O elevador. Sim, o elevador, o meu terror de então, para quem sofre de claustrofobia. Foi aí que o enfant terrible da nossa turma infelizmente descobriu, que eu tinha medo de ficar trancado. Pois, diariamente subia pelas escadas, enquanto que todos os outros colegas subiam pelo elevador. E o dito enfant terrible só não sabia que também sofro de aerofobia, que foi o que me impediu de pular, quando trancado na sala de aula. As duas fobias ficaram lutando em mim. Quem prevaleceria? Então alguém abriu a porta e me salvou do pânico.

Depois do elevador, outro terror, bem vizinho à entrada. A antiga 'loja' do USIS. A entrada era toda de vidro e dentro reinava o ar-condicionado, ao tempo coisa raríssima, luxo puro. De repente a lembrança. A morte do secundarista Edson Luís no Calabouço (Rio de Janeiro), a sua missa de sétimo dia na Igreja do Carmo, a demonstração na Praça do Ferreira, enfrente ao USIS, fachada de vidro, pedradas, estilhaços, fotorrepórter, eu na confusão.


Depois, as consequências: chá das cinco com o chefe da DIPES, expulsão do Banco, 'bota fora' na Faculdade de Medicina, não sei o que fazer.


Pronto, estou na Sen. Pompeu e tome porta-em-porta procurando micro-ondas. Finalmente, encontrei. Tá no papo. E' ele e nenhum outro. Os safados dos vendedores só-pensante-na-comissão, que se danem.


Só que comprei na Rua Barão do Rio Branco, não longe do Cine Diogo. Vixemaria, o Cine Diogo. Quem diria? Bateu a saudade. Era mais barato do que o Cine São Luiz, porquanto o dinheirin rendia mais . . .

Galeria Pedro Jorge. Fonte: Internet.
Mas, com o peso do bicho, só um táxi me ajudaria. Dito e feito. Peguei um táxi. Daí, para casa. E fui. Desce a Rua Barão do Rio Branco e sobe a Senador Pompeu. As lembranças também sobem. Primeiro, a sede do Banco na 579. Raul Barbosa e seu assessor maior (ou seria dono dele?): Domingos (não recordo agora o cargo dele, mas servia de levar papel de um canto pro outro). Curso de datilografia com a Midauar e a briga com o Jorcênio por causa de um ventilador. O Thomaz e seus empréstimos na DICON e muito além dela. O grande Lucas nos Serviços Gerais. O DEPAD, a SECOM, a turma da DICON e muito mais em vivências na cantina lá no quintal do prédio.

Depois, vem o antigo prédio do CAB e da DITRE, onde ainda, como 7.ª Turma, tiramos uma casquinha, pois logo fomos transferidos para a Galeria Pedro Jorge com tudo novinho em folha. Também, passei novamente por ela, mas foi muito rápido e não deu tempo de renovar a memória, mesmo porque estava saciado pela passagem anterior.


O CAB, um marco na minha vida, que teima em não findar.

Acelino Pontes

Uma rosa nasceu


 
Flor do Agreste. Fonte: Internet.




Nasceu no Agreste,

Daí, Rosa do Agreste,

Rosa, feminino, daí a rosa,

Não, rosa é neutro,

Que em língua nossa,

Não existe.




Assim, deram-lhe por sobrenome Lebre,

Mas, lebre é feminino,

Então, trocaram Lebre por Coelho,

Satisfação da rosa,

Porque se dotava de vergasta.

Feminino, masculino, neutro,

Não é confusão, é completude.



Acelino Pontes


Fortaleza, 05/01/2015 


Dedicação: A um Professor Associado, nosso amigo, pela passagem de mais uma primavera com efusivos votos de bem viver e em homenagem ao Jeronimo, seu filho mais novo. 

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